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Aproxima-se o Natal

  • Foto do escritor: ajpreis
    ajpreis
  • 2 de dez. de 2016
  • 1 min de leitura

Pela manhã a névoa baixa e fria, propaga-se pelas ruas destas pequenas e quase desertas aldeias graníticas. A azáfama é grande, o sino da igreja numa cadência regular, vai despertando os residentes para os afazeres quotidianos. Vai-se aproximando o meio-dia, há que reunir a família para o primeiro repasto de monta. Na cozinha de paredes escuras queimadas pelo fumo, o pote preto vai fervilhando deixando no ar os aromas das deliciosas carnes do fumeiro, já bem guarnecido por altura do Natal. Finda a janta é agora o momento de levar a fazenda ao pastoreio. Os cães ladram ávidos de liberdade e entusiasmo, por mais um dia de comando do rebanho. No burnal o pastor leva a bucha, não faltando o pequeno quinhão para os cães sempre famintos. Quando o sol cai e o frio mais agreste começa a fazer-se sentir, é o regresso, guardam-se os animais na corte e volta-se ao aconchego do escano, junto ao lume que crepita feroz mas irradiante.

Armando Jorge

 
 
 
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